domingo, 17 de janeiro de 2010

Hoje, não.

depois que juntei teu corpo ao meu
e decidi por ti mudar
antes mesmo do amor acontecer
você sacrificou o sentimento
e em tão pouco tempo
o viu e deixou morrer

depois de tanto suor
tanto corpo e nenhum dó
ouviste o que os outros disseram
e ainda sabendo que eles
por nós nada fizeram
quiseste moldar-nos em pó

fizeste ao redor teu um forte
e uma faca desceu como em corte
sobre o meu frágil peito tão nu

sangrou meu amor e a dor
transformou-se em repulsa e desejo
de não mais te pedir nem um beijo
pra que comas de sangue este angu

por ti fiz tudo que podia
transformei minha noite em dia
pra depois coração não pesar

me deixaste um vazio na boca
foste embora sozinha e mouca
te puseste em teu quarto a chorar

tentei novamente te ter
mas você foi quem escolheu morrer
pra que de mim não pudesses gostar

teu templo fez tua cabeça
subiste em escadas, mas deixa
com isso não vou me importar

e eu que te amei como um rio
vi pouco espaço, muito vazio
e hoje não quero te ter

tu te reveste do desconhecido
esquece o que deixou comigo
p'reu fazer o que bem entender

não sofro por ti nunca mais
sem ti encontrei minha paz
que há tanto buscava e sei

em mim te matei bem no fundo
pois não prestas pro meu coração
te pus bem de lado e calado
vou cantando uma nova canção.

2 comentários:

Marcela Pimentel disse...

Que lindo!

Belas e sábias palavras.

' a gente segue em frente, e o mundo olha por nós '

Unknown disse...

nossa perfeito !
amei de paixão ^^'