quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Salínico II

Incessamentemente incensante,
o cheiro desse bueiro de ratos e dúvidas,
de crápulas que rastejam, de mortos-vírus.

Inigualavelmente concreto,
de imagens ou do reto,
de vazios e dimensões,
de angústias e solidões.

De pensamentos analfabetos,
de noites se segurando,
tentando soerguer o afeto.

Prioritariamente prioritário,
sem cor, tom ou itinerário,
absurdo, surdo em a b.

De margens flácidas e terra caída,
com gigantes tombantes sem vida,
braços fracos, brado brando.

De corrupção e glória,
de gente que se humilha pra ter estória,
de batalha, dor,
navalha, mágoa.

Onde cada memória se cala
perante o temor de servir,
onde a profundidade do céu não tem luz,
e nem azul mais existe.

Vou deixar a pátria firme,
vou fugir pelo brasil!

Um comentário:

Amália disse...

Eu não li
Mas prometo que leio depois!

Só pra dar um oi!
E dizer que meu pc ressussitou!
xDDD

Beeijo
=*