quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Como eu te via

Eu te via com estrelas nos olhos,
e bambus dançando ao vento.
Eu te via como o mar bate no barranco,
e pergunta a si mesmo 'arranco ou não arranco?'

Eu te via como a ciranda das crianças felizes,
que, brincando, não viam o tempo passar.
Eu te via como o menino que aponta o lápis,
pra fazer aquela atividade que o deixa feliz.

Eu te via como o algodão doce dos jovens,
e como o laranja no céu ao fim da tarde.
Eu te via como o cobertor no inverno,
como o banho depois de um dia cansado.

Eu te via como o sono que aparece depois da insônia,
e como o sonho bom que motiva a gente a ir pro trabalho.
Eu te via como o mertiolate depois da queda,
e como a estória que a mãe da gente conta pra espantar as feras.

Eu te via como o lençol que protegia do medo,
e como a música que não sai da cabeça.
Eu te via como o material escolar novo,
como aquela vontade de ser astronauta.

Eu te via como as aventuras do meu avô,
como a fantástica terra do nunca de peter pan.
Eu te via como o sorriso depois do gol,
como o abraço depois daquela peça no jardim I.

Eu te via como o filme esperado do cinema,
como a saudade da mãe do filho que viajou.
Eu te via como o primeiro beijo,
e a lembrança da primeira namorada.

Era assim que eu te via...