"O corsário ancorou o navio,
desceu à terra, a última vez que a viu.
De tanto sofrer, arrancou seu coração,
e colocou-o num baú: não aguentava mais
vê-lo doer.
A dor era tamanha,
que os céus e olhos que o arranham,
não podiam mais chover.
Observou a caverna. Neva.
Cavou o mais fundo que pôde,
expirou seu ar, poluído de enxofre.
Ah, amores, o que tens que não pode ser de ninguém?
No fim da estória, se tornou imortal,
dos mares, o demônio marginal,
virou lenda de jornal,
e esqueceu seu coração."
2 comentários:
Muito bom o resgate mítico que vc faz dos personagens de contos de fadas! lindos os poemas...
obrigado pelo uso de meu poema na sua pag!!!
abraço
é o meu predileto. =]
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