quarta-feira, 23 de julho de 2008

Davy Jones

"O corsário ancorou o navio,
desceu à terra, a última vez que a viu.
De tanto sofrer, arrancou seu coração,
e colocou-o num baú: não aguentava mais
vê-lo doer.
A dor era tamanha,
que os céus e olhos que o arranham,
não podiam mais chover.
Observou a caverna. Neva.
Cavou o mais fundo que pôde,
expirou seu ar, poluído de enxofre.
Ah, amores, o que tens que não pode ser de ninguém?
No fim da estória, se tornou imortal,
dos mares, o demônio marginal,
virou lenda de jornal,
e esqueceu seu coração."

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom o resgate mítico que vc faz dos personagens de contos de fadas! lindos os poemas...

obrigado pelo uso de meu poema na sua pag!!!

abraço

Augusto disse...

é o meu predileto. =]